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A ab-rogação do mundo


“Nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue a Jesus” (Lc 9,23)


Negar-se, tão forte essa palavra não é mesmo? Hoje em dia, com a vaidade adentro de nossa sociedade, parece opressor e medieval falar em deixar de lado as paixões e vaidades para seguir a Cristo. Mas será que vale realmente a pena, deixar de lado todas as vaidades deste mundo para se dedicar e consagrar a algo que nem visualizamos?


A palavra vaidade origina-se do latim “vanitas”, que significa algo fútil, vão, que tem por sustento uma aparência mentirosa. A própria etimologia da palavra nos traz uma reflexão de suma importância, pois, quando nos deleitamos sobre as vaidades deste mundo, é como se ignorássemos toda a vida de Jesus Cristo, pelo fato de, em toda a sua vida nunca ter olhado a si, mas, sempre pensou no próximo, cumpriu sua missão, exortando, pregando a salvação e anunciando a verdade. Portanto se Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, desprezou-se, quando veio habitar entre nós, qual seria a razão para determos tanta atenção a nossa imagem? porque querer sair “bem na foto” com todo mundo?

Nós católicos temos um sentido para nossa vida, que é buscar a santidade e nos preparamos para a Jerusalém Celeste, e isso só é possível quando aceitamos a nossa Cruz, pois, como dizia Santa Teresa Benedita da Cruz: “A cruz serve de bastão para acelerar a marcha para o cume”, tal marcha é árdua, dolorosa, escorregadia e lotada de espinhos, mas para isso Jesus já nos deu um conforto quando disse: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (João 14:6)”, ou seja, o caminho feito por Jesus até a sua morte foi um caminho com uma pesada Cruz nos ombros, e este é o nosso destino, carregar a Cruz por toda a “via dolorosa da vida”, até chegar a glória celeste, onde tirando tão pesado fardo dos ombros, veremos a Ele, face a face.


O céu está cheio de Santos que se santificaram quando souberam negar-se a si mesmo e seguir Jesus, com tal atitude, começou o fardo a ficar cada vez mais leve, pois, entenderam que com sua humanidade fragilizada, nada poderiam realizar, mas com o auxílio da Providência Divina, as pedras, uma a uma, iriam rachando-se, as feridas iriam se curando e todas as coisas do mundo tornar-se-iam fúteis, pois nada d’aqui é levado, a não ser os bens espirituais que Cristo dá por meio das mãos de Maria Santíssima, aquela alma que se confiar, com verdadeira fé de Filhos de Deus, a sua proteção e amparo.

Jesus não pede muita coisa, aliás, aqui, nada temos que seja de nossa posse, mas, Ele pede que sejamos verdadeiros Filhos de Deus, Santos por inteiro e desprendidos de coisas que não tem a acrescentar para a Glória de Deus. Caríssimos, sem Deus a vida não faz sentido, ele é nosso guia, porem somos livres para nos entregar a Ele de corpo e alma, o Pai não nos obriga a sermos bons filhos, mas por meio de Jesus Cristo, disse-nos que se quisermos ver a ele no seu reino, que: “Renunciemos à vida passada, despojemo-nos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras.

Renovemos sem cessar o sentimento da nossa alma, e revestimo-nos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.” (Ef 4, 22-24).

Respondendo agora a pergunta feita no início deste texto, Sim! vale a pena Seguir a Cristo, vale anunciar a verdade e proclamar o reino de Deus, vale renunciar ao pecado e ressurgir para uma vida sem mancha, vale estar sempre na Graça santificante, o auxílio de Deus. Com o exemplo dos santos, devemos olhar a Cruz de Cristo e depositar ai todos os nossos sofrimentos, problemas e preocupações, a Cruz para nós deve também ser motivo de alegria, confiando que depois da Cruz, como disse São Paulo: “Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele, pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre ele” (Rm 6, 8-9).


Sim! É hoje! Convertei-vos e crê na vida eterna, vede a Cruz, ali está a tua Glória, pois quem aqui pegar este trem, e ao atravessar de vagão a vagão, renunciando as tentações pecaminosas, ao desembarcar, será acolhido por mim, o Senhor Deus do universo, ao qual os Anjos e os Santos, proclamam sem cessar: Hosana Nas alturas!

Eduardo Augusto P. Fucilini- Membro de aliança da Comunidade Legati Christi


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