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A virtude que triunfará: O amor

"Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor"

(I Jo 4,8)


O Evangelho deste 5° domingo da Páscoa nos traz a instituição do novo mandamento que é dado por Jesus. Ele o dá antes da sua gloriosa paixão. Não é algo novo, extraordinário, mas, a simples repetição dos Seus atos, um exemplo que todos devemos seguir.

“Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele” (Jo 13, 31). Porque Jesus somente falou quando Judas saiu? Bem, na última ceia, Ele ainda tinha à esperança da conversão daquele que iria trai-lo. Entretanto, o diabo já havia tomado conta de Judas. Por isso, com a saída do apóstolo, Jesus já sabia sua decisão. Judas o trairia, venderia o Senhor. Judas compra a sua condenação por 30 moedas de prata. Todavia, Jesus não atribui a glória a si, não gloria-se por ser o Filho de Deus, por isso esta escrito: “Deus foi glorificado nele”. Nosso Senhor não buscou glória neste mundo, pois, sabia que a plenitude só se daria quando estivesse sentado a direita do Pai. Ele buscou fazer em tudo a vontade do Pai, que, entregou o seu Filho único, verdadeiro Deus e Homem, para morrer na santíssima Cruz. Esta foi a glória de Deus. Entretanto, será manifestada no seu esplendor na segunda vinda de Nosso Senhor, onde julgara vivos e mortos, triunfara o juízo universal. Nossa alma retornará ao corpo, para receber o castigo, ou, a plenitude que será eterna e imutável.

O mandamento que foi dito aos apóstolos não é uma estagnação. Ele é atual, porém, em muitos, encontra-se em um estado potencial, falho. Este dito de Jesus não é novo em significância de algo que não existia, é na verdade, a caridade de Cristo que deve ser seguida. Ou seja, Jesus iria padecer no Calvário por todos, abrir-se-ia as portas do Céu que haviam sido fechadas por Adão e Eva. A caridade do Cristo é a caridade da Cruz, o amor sem limites, a entrega total. Entretanto, o que Ele nos pede não é simples amor de amizade, mas o amor de irmãos que estão unidos no mesmo corpo místico, que O tem por cabeça. Em outra passagem Jesus diz: "amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem." (Mt 5,44). Este é o verdadeiro amor cristão. Quem ama os seus inimigos é porque contempla o lugar que está destinado a habitar. A configuração com o Evangelho faz o cristão mergulhar-se no amor de Deus e banhar-se na sua misericórdia.

Nosso Senhor também nos fala de dois tipos de personalidade que podemos ter: a dos judeus e a dos apóstolos. Os judeus são os que condenam. Os apóstolos, os que se humilham e o seguem. Veja que todos são chamados a seguir Jesus, porém, a atitude que predicamos é o que define a forma que procuramos o Senhor Jesus. Os judeus andavam atrás dele procurando o momento para chamá-lo de blasfemo. Os apóstolos, o seguiam desde quando Ele os chamou. E o seguiriam até o martírio. Jesus quer que sejamos seus apóstolos. Seguidores destemidos que não tem medo de procurar o Senhor e propagar sua mensagem aos confins da terra. As ideologias modernas são os judeus que querem destruir a vida da Santa Igreja, a família e os valores cristãos que são seguidos a mais de dois mil anos. Entretanto, nosso Senhor já disse a respeito disso: "as portas do inferno não prevalecerão" (Mt 16, 19).

Jesus também alerta a todos sobre o testemunho que passamos a nossos irmãos, por isso diz: “nisso todos conhecerão que vós sois meus discípulos”. Então, quando que somos verdadeiros discípulos de Cristo? Bem a resposta Ele mesmo nos da: “se vos amardes uns aos outros”. O amor é um dos requisitos para nossa salvação, tanto, que depois de nossa morte, na vida eterna junto à Deus, é o que irá prevalecer. Em todo o batizado é impresso o amor, uma das três virtudes teologais. Fomos criados para amar, servir e glorificar a Deus. Amamos quando cumprimos os mandamentos, ajudamos nosso próximo, rezamos. O amor que Jesus pede que demos não é algo impossível, Ele mesmo o fez como exemplo. Não há como duvidar. Olhe a Cruz, veja como as chagas e o sangue preciosíssimo que escore do lado aberto dEle é o ato de amor. A bondade de Deus é infinita. Ele não precisava de nós, no entanto, mandou seu filho. Para que? Para somente morrer na Cruz? Não! Foi por amor, para a nossa salvação. Amou-nos até o fim e ama-nos a todos instante.

Neste Domingo somos chamados a expressarmos nosso amor de maneira externa. Não podemos ficar com uma idealização platônica do amor. Amar é um ato da vontade, virtude de cristãos que tem o Cristo como fonte de água viva. A Santíssima Eucaristia que recebemos é a prova do amor de Deus. A santa Igreja é o testemunho material do amor de Deus. E nós, quanto valor damos a este amor que Nosso Senhor nos cumula?

Que Deus o abençoe!


Seminarista Eduardo Augusto Patatt Fucilini- Membro de Aliança da Comunidade Católica Legati Christi


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